Fico cá, com os meus botões… Como pode a arte ser tão menosprezada por gestores privados e públicos, desta amada Pátria mãe gentil, que nos deixa deitados em plena decomposição no berço esplêndido? Falácia, falácia e mais falácia! Como pode a mãe do sarampo ser gestora cultural, sendo que a sua área deveria ser a saúde? Ah! Talvez a sensibilidade humana possa fazê-la entender a importância de se fazer “Arte”. Não precisamos só de compaixão, mas sim, de razão, operacionalização, cuidado, tato, habilidade e o mais importante: PROPRIEDADE em conhecimento. Caso contrário, só restará a senhora imperícia.
O tripé que conduz o dia a dia de nossas vidas é pouco entendido por você gestor, pois a educação dá o discernimento que nos leva a entender a arte, que por vez, nos leva a entender a saúde e assim por diante. A arte sensibiliza e dá espaço à educação. A educação dá a orientação para a boa saúde e assim podemos dizer: elas se completam! Se não existir entendimento, sobrará apenas a ignorância de exterminar aquilo que para muitos pode parecer gastos, e não investimento.
E aí vem a dura palavra ditada: EXTERMINE a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, EXTERMINE as bandas, as fanfarras, as Folias de Reis, as congadas, o teatro, a dança e todos os seguimentos artísticos e culturais que possam existir.
Agora: Senhor Gestor, por favor, volte lá atrás no texto e veja o filho da Pátria que deixastes deitado no berço esplêndido. Veja se consegue enxergar o que sobrou dele. Conseguiu vê-lo? Pois é, ele não existe mais.
Um povo sem “Arte” será um povo sem identidade e sem alma.
Ass: Maestro Edison Ferreira (Fundador Emérito da Associação Músicos do Futuro)